Desenho feito com lápis de cor 2B e lápis colorido
terça-feira, 28 de julho de 2015
Do diário pessoal ao jornal
Texto que publiquei no site Gosto de Ler sobre a utilização de blogs como fonte de informação e alternativa para jornalistas.
Em
minhas conversas com ex-colegas de faculdade e outros companheiros,
costumo ressalvar que é mais importante que a pessoa esteja sempre em
contato com empresas, profissionais que estejam empregados e fazendo de
tudo para não desvalorizar os pelo menos quatro anos que foram gastos
numa faculdade. A net proporciona uma possibilidade de estar ativo na
área, e os blogs podem ser utilizados como instrumentos para tornar
conhecidas não apenas idéias e pensamentos, como também o trabalho de
alguém que, no futuro, pode estar entre os maiores do universo
comunicacional.
Eles surgiram no mundo virtual como uma opção mais
fácil e leve para quem não tem tempo, condições e paciência de lidar com
linguagens de programação como HTML e PHP, exigidas para criação de
sites mais personalizados, e desde então, se os blogs tornaram febre
para muitas pessoas que gostam de publicar suas experiências cotidianas
na web.Muita gente tem verdadeira antipatia por esses diários virtuais,
pois muitos possuem um layout cansativo, cores berrantes, inúmeros
quadros e imagens em movimentos, além de um português paupérrimo e
propositadamente mutilado, sobretudo por adolescentes que amam abreviar
(diga-se ‘assassinar’) palavras com o fim de tornar a comunicação mais
leve e informal. Realmente, para um público mais maduro, atrás de
informação relevante, esse tipo de conteúdo é completamente
desinteressante e cria uma certa repulsa por quem navega pela net à
procura de algo mais sério.
Mesmo assim, a
comunidade jornalística (profissionais e estudantes) pode e deve
utilizar esta ferramenta não apenas para relatar experiências pessoais
do dia-a-dia, como também se expressar sobre diversos assuntos, levar ao
conhecimento de seus leitores ou rede de amigos fatos de considerável
importância, tornando-se formadora de opinião ou até atuar como balcão
de empregos para esta classe que ainda sofre com a saturação do mercado,
com a falta de oportunidades pré e pós-faculdade, de uma legislação
específica e demais burocracias envolvendo profissionais, sindicatos e
governo.A jornalista Cátia Chagas, de Porto Alegre, graduada desde 1996,
trabalha como editora e produtora de uma revista voltada para o mercado
agrícola e faz pós-graduação. Em seu blog Comunica, ela dá seu parecer
sobre fatos divulgados pela imprensa. Para ela, esta é uma forma de
manter-se atualizada constantemente com o mundo da mídia. “Meu blog não é
noticioso, mas de críticas, boas ou más”, explica Cátia.
Já
o jornalista Diogo Carvalho, de São Paulo, que atualmente está
desempregado, mas realiza freelances para a editora de esportes do
portal Terra, utiliza a net para buscar emprego. Na sua opinião, ele
considera uma ótima iniciativa os jornalistas publicarem seu material na
net. “Se fosse dono de algum jornal, com certeza avaliaria o blog de
um jornalista que estivesse interessado na contratação”, conta
Diogo.Enquanto uns avaliam o trabalho da mídia, outros preferem
colaborar com serviços, valorizando a classe. Este é o caso do blog
Balcão da Comunicação, que anuncia não somente vagas em diversas
empresas, como também divulga concursos públicos.
O
Rede RP – Relações Públicas divulga vagas, listando pré-requisitos e
contato com as empresas anunciantes. O Vencer com Pouco também é um
excelente sítio que abrange um público maior, de grande valia para
profissionais desempregados e ‘focas’, como são conhecidos os
profissionais recém-saídos da faculdade.Se por um lado, a dificuldade de
conseguir um emprego sólido tem sido cada dia mais desafiadora, por
outro a existência da net e de ferramentas como os blogs possibilitam a
nós, profissionais de comunicação, uma forma de nos manter antenados,
mesmo que isso não signifique lucro imediato a princípio.
Talento ou Descoberta? - Reportagem
Segue abaixo reportagem que publiquei no site Gosto de Ler, sobre a percepção musical como sendo um dom adquirido e/ou descoberta feita ao longo da vida.
Sempre presente na história de diversas civilizações,
antigas e modernas, a música pode ser definida como parte integrante
das manifestações culturais e religiosas de um grupo de pessoas, uma
atividade profissional como qualquer outra, um hobby, uma ciência e até
mesmo uma arte. É difícil alguém não ter preferência por um ou outro
estilo musical, gostar de uma determinada canção, algum instrumento ou
som, ter ou desenvolver algum talento para compor, enfim, ela está
ligada à alma, aos sentimentos das pessoas.
Para
uns, o talento para a música é algo que nasce com o indivíduo; para
outros, uma habilidade que, se estimulada, pode ser descoberta e
aprimorada. A teoria das inteligências múltiplas, surgida nos anos 80
com Howard Gardner, ensina que há basicamente sete tipos de inteligência
no mundo: físico-cinestésica, lingüística, espacial, intrapessoal,
interpessoal, lógico-matemática e musical. Esta teoria, posteriormente,
foi revisada e novos acréscimos lhes foram feitos.
No
entanto, Gardner defendia a idéia de que as inteligências são
potenciais que podem ser ativados, dependendo dos valores de cada
cultura, das oportunidades e decisões tomadas pelas pessoas, algo do
qual o indivíduo dispõe para processar informações e que pode ser
ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos
que sejam valorizados numa cultura. Dentro de sua teoria, Gardner
explica que o tipo musical e o lógico-matemático são os mais aptos para
desenvolver habilidades musicais, apesar de não serem os únicos. Um
contato mais aproximado “Qualquer pessoa pode desenvolver qualquer
habilidade”, explica o psicólogo e orientador profissional Eliseu Neto,
do Rio de Janeiro.
Algumas pessoas possuem maior
predisposição para algumas áreas, dentre as quais a música; tudo depende
do estímulo que o indivíduo recebe. Para ele, a melhor maneira de
estabelecer contato com a música é através da escuta, da conversa, de
jogos lúdicos, enfim, de alguma interação com a mesma. Obrigar alguém a
gostar de algum instrumento ou estilo musical pode implicar no caminho
inverso. Um exemplo é que antigamente as mulheres eram obrigadas pela
família a estudar piano, e hoje em dia, muitas não suportam sequer
chegar perto desse instrumento.Nesse caminho, a pessoa envolvida pode
desenvolver habilidades diversas. Ao contrário do que parece, nem sempre
o típico músico profissional é aquele que possui maior sensibilidade,
audição aguçada, raciocínio lógico etc. “ Essa resposta é muito
subjetiva, pois depende do tipo de música com que se trabalha, se MPB,
Clássica etc”, explica Eliseu. Para alguns estilos, há um preciosismo e
delicadeza; para outros um lado mais agressivo e controvertido. Cada
sujeito é único e pode desenvolver algo novo e criativo.A
musicoterapeuta e presidente da Associação de Musicoterapia do Paraná
Claudimara Zanchetta, de Curitiba também faz a mesma avaliação. “Alguns
já nascem tocando, fazem poucas aulas e já tocam eximiamente; outros têm
a sensibilidade da música, mas dificuldade em estudá-la, e mesmo assim o
fazem.
Outros são treinados para tocar, mas
quando não tem a sensibilidade não demonstram a magia da música”.
Acostumada a trabalhar com crianças e jovens, Claudimara explica que já
teve casos de pacientes que, após um contato mais aproximado com a
música, passaram a se interessar por aulas de violão e teclado. Ela
mesma é um exemplo disso, pois desde garota, sempre se interessou por
música e quando optou por uma profissão, fez a sua escolha baseada no
que mais gostava de fazer. Além de musicoterapeuta, ela também toca
violão, instrumentos de percussão, canta e compõe.
História
semelhante à de Claudimara é a de Ricardo Aguiar, de Teixeira de
Freitas (BA). Bacharel em Música Sacra, ele conta que desde os 15 anos
se dedica à Música. Atualmente dá aulas de violino e outros instrumentos
na Primeira Igreja Batista da cidade. “Meu pai colocou meu irmão para
estudar Música, pois entendia muito de Matemática e sabia escrever bem,
mas ele não desenvolveu esse lado, enquanto eu o fiz assim que tive meu
primeiro contato com um instrumento”, explica Ricardo. Seu trabalho se
dá, não de acordo com o incentivo que os alunos (na faixa dos 12 aos 18
anos) recebem, mas sim com o grau de aptidão dos mesmos. Isso, no
entanto, não quer dizer que outros não possam aprender, mas que alguns
apresentam uma desenvoltura melhor com determinados instrumentos.
Inclinações naturaisPara ele, é importante que os pais observem os
filhos, para saber quais as inclinações dos mesmos. “Todos nós temos
algum talento, não apenas para a música”, conta ele. Um dos diferenciais
do contato com a música ainda na infância é que, neste caso, não é
necessário que a criança tenha aptidão com a mesma, pois toda criança
gosta de som e movimento.
Claudimara, por
exemplo, já trabalhou como educadora musical em pré-escola e percebeu a
diferença entre crianças que passaram pela musicalização e que não
passaram por esta estimulação. “As que passaram pelo processo são muito
mais espertas, atentas, detalhistas. As crianças que não passaram são
diferentes em suas expressões”, explica a musicoterapeuta.Isso acontece
porque a música, por mexer extremamente com sentimentos, acaba, muitas
vezes, sendo até uma fuga, uma forma de expressar os sentimentos. Uma
canção ou composição acaba sendo uma forma de exalar aquele sentimento
que está dentro de si, o que faz com que a gente não fique guardando
tantas coisas que nos fazem mal, como sentimento de mágoa, frustração ou
perda. “A gente canaliza aquele sentimento e acaba melhorando, se
sentindo mais leve”, explica Ricardo. A música nas escolasMas, ainda de
acordo com Eliseu Neto, a música é apenas uma das muitas alternativas
para se estimular as pessoas, especialmente crianças. Ele defende, por
exemplo, a educação para as múltiplas habilidades. “Infelizmente a
maioria das escolas só estimula o lado lógico-matemático e lingüístico”,
constata o psicólogo.
Da mesma maneira pensa a
designer de interiores Márcia Carvalho, do Rio de Janeiro. Mãe de uma
garota de 10 anos que toca flauta doce, ela acredita que a música
deveria, sim, ser incluída na grade curricular de todas as escolas
brasileiras. “Acredito que muitos talentos podem ser descobertos e esta é
uma forma de valorizar o profissional da área, cuja imagem está meio
distorcida em nossos dias, devido à baixa qualidade musical da
atualidade”, relata. O envolvimento de sua filha com a música é um caso
de inclinação natural, mesmo. “Na minha família, ninguém toca qualquer
instrumento, embora todos gostemos de música”, explica Márcia. A sua
filha teve aulas de flauta doce quando tinha cinco anos, e aos sete,
começou a demonstrar mais interesse pelo instrumento. Hoje, ela tem
aulas regulares de flauta transversa.
Como mãe,
Márcia observa que muitos pais colocam os filhos para estudar música por
diversas razões, desde o fato dos filhos desenvolverem habilidades que
os pais não tiveram oportunidade como apenas para ocupar o tempo, mesmo,
ou então, porque as próprias crianças demonstram interesse. Este é o
caso de Priscila Fernandes, recreadora de uma creche em Acari, bairro da
Zona Norte do Rio de Janeiro, que toca clarinete desde os 12 anos de
idade. “No meu caso, o ambiente onde cresci foi bastante favorável”,
explica Priscila. Ela começou lendo partituras e acompanhando o irmão
que já tocava o instrumento.
Quando fez o teste
para tocar na orquestra da igreja que freqüenta, foi aprovada. Ainda
hoje, ela toca apenas clarinete, mas tem vontade de aprender sax soprano
e flauta transversa.Em suas atividades, ela lida com crianças na faixa
etária de três anos. “Como trabalho com música, é fácil observar quais
crianças têm mais habilidade com a mesma ou não”, conta. Um de seus
alunos costuma pegar um pauzinho e simular o toque de bateria
constantemente.
A razão para esse comportamento
se justifica: ele é filho de um baterista profissional, o que demonstra
que o ambiente influencia sim, na pré-disposição da criança para algumas
atividades. Assim como Márcia, Priscila também concorda com a
introdução da música na grade curricular das escolas. Ela mesma é um
exemplo disso. “Na escola onde estudei, tinha aulas de música, o que
ajuda a despertar nos alunos um interesse maior”, finaliza a recreadora.
Anúncios 97 anos de emancipação política de Itabuna (BA) - Redação
Anúncios de diversas empresas pra homenagear os 97 anos (comemorados em 2007) de emancipação política da cidade de Itabuna - Bahia.
Arte de Kaula Cordier e Lucas França.
Arte de Kaula Cordier e Lucas França.
Anúncio Loja de Produtos Infantis Querubim - Redação
Anúncio criado para a Querubim, loja especializada em enxovais de bebês, em Itabuna-BA.
Arte de Kaula Cordier.
Arte de Kaula Cordier.
Anúncio Revista Vitrine do Varejo - Redação
Anúncio criado para promover a assinatura da revista Vitrine do Varejo, do Martins Atacadista.
Arte de Davi Miguel.
Arte de Davi Miguel.
Anúncio Incentivo de Vendas Energia de Vendas - Redação
Incentivo de vidas Energia de Vendas, cujo nome foi criado por mim em conjunto com a equipe de criação da Prudent Propaganda, agência onde trabalhei como redator e revisor de textos de julho de 2005 a maio de 2006.
Eu não criei a arte, que foi realização do meu então colega Adriano Hamaguchi, designer de criação. Apenas idealizei a campanha (direcionada para representantes comerciais autônomos, que trabalhavam para a Martins Atacadistas), que foi aprovada instantaneamente pelo contato da empresa.
Cerca de 48 mil moram em favela - Reportagem
Reportagem preparada para a revista-laboratório "Por Exemplo", da faculdade de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraiba (UEPB), em Campina Grande (PB).
Posteriormente, a mesma reportagem foi publicada em outro jornal da cidade, "Correio da Paraíba".
Esperem para ver - Artigo de Opinião
Artigo que publiquei para o jornal "Diário da Borborema", de Campina Grande (PB), em agosto de 2003.
No texto, eu discorria sobre os primeiros meses do primeiro mandato do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
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